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5 dúvidas de gramática - II

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5 dúvidas de gramática que confundem (e como resolver de vez!) Foto:Pexels A língua portuguesa tem dessas: palavras parecidas, mas com significados diferentes. Quem nunca ficou na dúvida na hora de escrever? Hoje vou explicar 5 casos que causam confusão — com exemplos fáceis para você nunca mais errar. 1. Senão × Se não Senão = caso contrário, do contrário, ou exceção.  Estude, senão vai reprovar.  Ninguém apareceu, senão ela. Se não = quando há condição + negação.  Se não chover, vou à prai a . Dica: Se puder trocar por “caso contrário”, use senão. 2. A fim × Afim A fim de = com a intenção de.  Estou a fim de viajar.   Ele estudou muito a fim de passar no concurso. Afim = semelhante, parecido. Temos ideias afins.   Dica: Se for desejo/intenção → “a fim”. Se for parecido → “afim”. 3. De encontro a × Ao encontro de De encontro a = contra, em oposição. A decisão veio de encontro aos nossos planos. (foi contra) Ao encontro de = a favor, em direção.  A med...

O sonho de Leo

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              Por Flávia Santosa                                                                                                                                                                                                                                                                   Leo estudava no 6° ano de...

Entre a liberdade e a maternidade : a responsabilidade de ser mãe

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 Por Flávia Santosa Foto:Pexels A maternidade parece ter perdido lugar no coração de muitas mulheres. Em nome de um empoderamento distorcido, promovido pelas mídias e pelo mercado, a vaidade e a busca pela imagem tomaram o espaço da sensibilidade e do cuidado.                                                          "A liberdade se transforma em instrumento de dominação                               quando se reduz à escolha entre produtos." ( Herbert Marcuse ) O resultado é uma geração de meninas superexpostas, mães despreparadas e crianças privadas do afeto materno genuíno. O que deveria ser força e sabedoria se tornou desequilíbrio. Não é preciso escolher entre ser mulher e ser mãe. O verdadeiro desafio está em conciliar essas dimensões — sem sacrificar a beleza ...

O “crime” de ser reservada.

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  Foto de Ravi Sharma: https://www.pexels.com/pt-br Mais um dia aqui na escola, e o mais interessante disto tudo é que a minha postura e o meu comportamento vivem constantemente sendo avaliados. Eu, que deveria estar avaliando, acabo sendo avaliada — não pelas minhas ações, mas pela minha escolha: ser reservada. Descobri, com surpresa, que essa postura pode soar como afronta, quase como um crime hediondo. Afinal, quem ousa não se oferecer ao grupo? Quem ousa não se exibir, não se misturar, não se justificar? O silêncio, para muitos, é vazio. Para mim, é espaço. Na verdade, são essas pessoas que acabam me isolando. Desde o primeiro dia que cheguei aqui, percebi olhares conflituosos, desconfiados, críticos — sem que eu tivesse sequer aberto a boca. Trago comigo uma sensibilidade que não sei desligar. Percebo os pensamentos antes que virem palavras, sinto as intenções disfarçadas atrás de gestos banais. E, de algum modo, sei que transmito algo que não controlo: dizem que o meu sorriso...

A ilusão da perfeição

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Reflexão sobre a ilusão da perfeição e a força das diferenças. Foto de Anna Shvets: https://www.pexels.com/pt-br A verdadeira perfeição não está no ideal absoluto, mas na soma das imperfeições que nos tornam humanos. Na minha cabeça, a ideia de perfeição é uma ficção. Se eu buscar a resposta dentro das doutrinas religiosas, acabarei me machucando, pois elas mais confundem do que esclarecem. Cada uma segue seu próprio padrão inflexível. De certo modo, precisa ser assim; caso contrário, não seria uma doutrina. No campo filosófico, a perfeição também surge com conceitos diferenciados, de acordo com o pensamento de cada filósofo, cada qual sustentado por suas crenças particulares. Há, por exemplo, Descartes, que enxergava — ainda inserido em uma visão religiosa — a perfeição como um atributo divino a ser seguido, buscado ou alcançado pelo homem. Este, por sua vez, sendo um ser imperfeito. Em contrapartida, temos Nietzsche. Para ele, essa ideia fixa de perfeição castra a vida, que é feita d...

A Tirania do Fazer: O Culto à Produtividade e a Negação do Ócio

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Vivemos numa era onde estar ocupado virou símbolo de status. A agenda cheia, as tarefas acumuladas, o corpo exausto e a mente em alerta permanente passaram a ser vistos como sinais de eficiência, comprometimento e até valor pessoal. O tempo, outrora espaço de experiência e contemplação, tornou-se um campo de batalha onde cada minuto deve ser "aproveitado". Nesse cenário, o ócio — esse antigo e necessário companheiro da criação, da pausa e da escuta interna — foi expulso do vocabulário cotidiano. Substituído por produtividade, ele passou a ser confundido com preguiça, ineficiência ou fracasso. O tempo que corre (e não espera) A modernidade ocidental construiu sua lógica de tempo baseada no trabalho e na produção. O relógio de ponto, as metas, os relatórios e os prazos organizam o dia a dia não só de empresas, mas das subjetividades. Mesmo em momentos de lazer, há uma constante pressão para "produzir algo útil": aprender um novo idioma, meditar para ser mais eficie...