A dor silenciosa de Mariana: um retrato da escola atual
Mariana amanhecia aos prantos todos os dias, tentando encontrar forças para ir à escola. Era um verdadeiro martírio para ela e para seus pais. Contudo, havia razões para tamanha reação — razões que seus pais desconheciam. Todos os dias, Mariana era recebida com piadas cruéis e olhares discriminatórios por causa de sua estatura. Com aproximadamente 1,45 m de altura e já aos quinze anos de idade, era alvo constante de apelidos como “anãzinha” , “chaveirinho” e tantos outros termos depreciativos que a feriam profundamente. O ambiente escolar havia se tornado, para ela, um verdadeiro inferno. Quanto aos professores, muitos enfrentavam seus próprios dilemas diante do crescente desrespeito em sala de aula. Tentavam repreender os alunos que zombavam de Mariana, mas eram, eles mesmos, vítimas da indisciplina e da falta de limites. Tornou-se comum ver estudantes que não respeitam nem o professor, nem o espaço de aprendizado, transformando a sala de aula em um campo de batalhas i...