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Mostrando postagens de maio, 2025

A Nossa Língua Portuguesa

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As Curiosidades das Palavras da Língua Portuguesa no Brasil As palavras carregam a alma de um povo. São testemunhas silenciosas das histórias, dos encontros, das lutas e das transformações que moldaram sociedades ao longo dos séculos. Esta série propõe uma viagem pela história e pelas curiosidades do vocabulário da língua portuguesa no Brasil, explorando como, desde o início da colonização, a nossa maneira de falar — e, consequentemente, de pensar e de ser — foi sendo construída, reinventada e enriquecida. Começaremos pelo encontro entre dois mundos: o dos povos indígenas, com suas inúmeras línguas e expressões que nomeavam a natureza e os costumes locais, e o dos portugueses, portadores de uma língua europeia em expansão. Examinaremos como esse choque cultural resultou em uma das maiores contribuições ao vocabulário brasileiro, deixando marcas profundas em palavras que usamos até hoje. Em seguida, analisaremos o impacto da presença africana, cujas línguas e culturas, trazidas à força...

O que é Diversidade?

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Foto: Banco de imagens Pexels Vivemos em um mundo diverso. Essa afirmação parece simples, mas carrega uma profundidade muitas vezes negligenciada no cotidiano, especialmente no ambiente escolar. Diversidade não é apenas um conceito, mas uma realidade que molda as interações humanas, define culturas, orienta políticas públicas e influencia, direta ou indiretamente, todas as relações sociais. Quando falamos de diversidade , nos referimos à variedade de características que distinguem as pessoas entre si. Essas características podem ser de ordem biológica, como cor da pele, sexo, deficiências físicas ou cognitivas; cultural, como crenças religiosas, costumes, tradições; ou ainda socioeconômicas, como classe social, nível educacional e ocupação. A diversidade se manifesta, portanto, na pluralidade das identidades humanas. No entanto, reconhecer a diversidade vai além de listar diferenças. É compreender que essas distinções não determinam hierarquias, nem definem quem é “melhor” ou “pior”...

Fenda Eterna

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Por Flávia Santosa Neste conto curto se passa a história de uma breve história  de nascimento e morte de duas vidas. Uma mãe em profunda depressão diante da perda de sua tão esperada filhinha . O chão se abriu para Ariadne. A filha, tão sonhada, nasceu e se foi no mesmo instante. A alegria do alvorecer foi substituída pelo crepúsculo da morte. Uma parte de Ariadne se foi. O sonho de ver a filha crescer, as alegrias e as tristezas; as vitórias e as derrotas; as noites perdidas, a felicidade, a vida... acabou. Tudo se apagou. O futuro brilhante foi interrompido pela escuridão dilacerante. Como uma espada, a dor cortou seu peito em uma sensação sufocante. O mundo perdeu seu brilho; o céu e o sol se apagaram. A terra se abriu em uma fenda eterna, onde Ariadne mergulhou, profunda e silenciosa. Na escuridão dos sonhos. Na imensidão de sua mente. Em uma vida ausente. Flavia Santosa

A linguagem humana: conceito, funções e diversidade

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Conceitos Fundamentais da Linguagem | Série Didática – Formação Docente Introdução A linguagem é uma das mais extraordinárias capacidades humanas. Ela nos permite comunicar ideias, expressar sentimentos, compartilhar conhecimentos e construir culturas. Para quem se prepara para a docência, compreender o que é linguagem e como ela se manifesta é um passo essencial para planejar práticas pedagógicas conscientes, inclusivas e eficazes. O que é linguagem? Linguagem é um sistema de signos utilizado pelos seres humanos para comunicar-se e interagir. Pode se expressar por meio da fala, da escrita, da arte, da música, do gesto e até do silêncio. Embora muitos associem linguagem apenas à fala, ela é, na verdade, uma capacidade ampla e complexa de significar o mundo. A linguagem não é apenas um meio de comunicação, mas também de construção de sentido e de realidade. Como afirma o linguista Ferdinand de Saussure, a linguagem é um sistema social, arbitrário e estruturado de signos — ou seja, ela é...

A Luz de Clarice

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por Flavia Santosa               Com uma linguagem muito simples criei essa história fictícia de bases muito reais, com a personagem Clarice representando a realidade daqueles  que a sociedade, por muito tempo, negligenciou.                                                         A vida nunca foi muito fácil para Clarice. Ela não teve uma infância saudável como a maioria das crianças. Nasceu cega, filha de pais alcoólatras, e foi abandonada ainda pequena em um orfanato. Cresceu envolta pela escuridão e pela ausência — de afeto, de família, de um lar. Sua realidade era feita de vozes desconhecidas, de passos que vinham e iam, de crianças que também carregavam dores profundas e histórias partidas. O orfanato em que vivia, era repleto de problemas. Muito mal administrado, não tinha recursos necessários para ...

Que é escrita? Conceitos, origens e caminhos didáticos para refletir em sala de aula

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Neste post do blog Fragmentos e Contextos, inicio uma nova categoria voltada à abordagem didática de conceitos fundamentais da linguagem e da formação humana. Como professora em formação, proponho um exercício de olhar para a escrita não apenas como prática subjetiva e transformadora (o que ela também é), mas como um fenômeno histórico, cultural e pedagógico que atravessa os tempos. O que é escrita? A escrita é um sistema de representação gráfica da linguagem. Trata-se de uma invenção humana que permite registrar ideias, emoções, acontecimentos e saberes por meio de símbolos convencionados. Ao contrário da fala, que é natural e aprendida espontaneamente na convivência, a escrita é uma prática cultural que precisa ser ensinada e aprendida formalmente. Breve histórico da escrita humana A história da escrita começa com a necessidade de registrar transações econômicas e eventos importantes. Os primeiros sistemas conhecidos surgiram na Mesopotâmia (escrita cuneiforme) e no Egito (hier...

Helena e o Outono

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Este é o meu primeiro conto em que trago a   história de Helena, uma jovem que escolhe viver livre de amarras, trazendo uma reflexão sobre a solidez das escolhas pessoais e os dilemas do amor e da liberdade.  Como a solidão, e até mesmo os amores silenciosos, podem ser fontes de autoconhecimento?" Em uma tarde de outono, voltava Helena de sua caminhada pelo jardim botânico de sua cidade. Uma moça serena, tranquila, morena, de beleza estonteante, de olhar vibrante. Seu andar transmite segurança e imparcialidade. Intensa, porém frágil. Inocente. Helena, morena, serena. Querida por todos, desejada por muitos, Helena gozava de total liberdade. Apesar da tenra idade..., decidira viver livre sem dever compromisso a ninguém. Porém, tinha um coração inquieto sem mesmo entender por que. Sentia que algo a puxava de volta, um sussurro do passado, uma ausência que não conseguia nomear. Do passado trazia muitas lembranças. As lembranças de uma linda infância — uma infância feliz, resplande...