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Brasil x Portugal: Por que falamos tão diferente?

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Quem já assistiu a um filme português ou conversou com alguém de Portugal sabe que, apesar de compartilharmos o mesmo idioma, muitas vezes  parece que estamos falando línguas diferentes . Mas por que isso acontece? Como é possível que o português do Brasil e o de Portugal tenham se tornado tão distintos? Para entender essa questão, precisamos voltar no tempo e considerar  o português como uma língua em movimento , que se transformou de formas diferentes nos dois lados do oceano Atlântico. Apesar de ter a mesma origem — o latim vulgar falado na Península Ibérica — o português que chegou ao Brasil no século XVI  não ficou parado no tempo . Pelo contrário, passou a conviver com outras línguas e culturas, e isso o moldou profundamente.   O português viaja e se transforma Quando os portugueses chegaram ao Brasil, o idioma oficial da colônia era, na prática, o português europeu da época, mas a língua logo começou a se misturar. Aqui, ela encontrou as línguas indígenas, os ...

A Influência Africana na Língua Portuguesa do Brasil

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Vozes que Resistem, Palavras que Permanecem A formação da língua portuguesa falada no Brasil é uma história de encontros, trocas e conflitos. Um dos capítulos mais profundos e potentes dessa história começa com a chegada forçada de milhões de africanos escravizados, entre os séculos XVI e XIX. Retirados violentamente de seus territórios de origem, eles desembarcaram em solo brasileiro trazendo não apenas seus corpos e saberes, mas também suas línguas, visões de mundo e formas próprias de expressão. E foi nesse contato — muitas vezes marcado pela dor, mas também pela resistência — que o português do Brasil se transformou, ganhando novas camadas de sentido e riqueza cultural. Os povos africanos que vieram para o Brasil falavam línguas muito diversas, como o iorubá, o quimbundo, o umbundo, o ewe-fon, entre muitas outras. Essas línguas pertencem a diferentes famílias linguísticas do continente africano, e cada uma delas carrega estruturas gramaticais, sonoridades e conceitos próprios. A...

Técnicas de escrita criativa para contos curtos

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  Foto:Roman Odintsov/Pexels Escrever contos curtos é uma excelente maneira de exercitar a criatividade, aprimorar a escrita e explorar diferentes estilos narrativos. Para estudantes de Letras e escritores iniciantes, dominar técnicas específicas pode transformar uma ideia simples em uma narrativa envolvente e memorável. Neste post, vamos apresentar dicas práticas para você começar a escrever seus próprios contos com confiança. 1. Comece com uma ideia clara e simples O conto curto exige objetividade. Diferente do romance, ele concentra a narrativa em um único conflito ou momento decisivo. Por isso, é fundamental ter uma ideia central clara para guiar a história. 2. Crie personagens marcantes e concisos Mesmo com pouco espaço, é possível desenvolver personagens interessantes. Use descrições diretas e ações que revelem a personalidade, evitando informações desnecessárias. 3. Defina o ambiente com detalhes essenciais O cenário ajuda a criar atmosfera, mas deve ser usado co...

A educação inclusiva e o papel do professor de Língua Portuguesa

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Foto:Pexels A educação inclusiva e o papel do professor de Língua Portuguesa Introdução A educação inclusiva é um princípio fundamental que busca garantir o direito de todos os estudantes, independentemente de suas diferenças, a aprenderem juntos em um mesmo espaço escolar. Para os futuros professores de Língua Portuguesa, compreender e aplicar essa perspectiva é essencial, pois a linguagem é uma ferramenta poderosa para promover a diversidade, o respeito e o desenvolvimento integral dos alunos. O que é educação inclusiva? Educação inclusiva é a prática pedagógica que assegura a participação plena e efetiva de todos os alunos, incluindo aqueles com deficiências, transtornos, dificuldades de aprendizagem ou pertencentes a grupos socialmente vulneráveis. O objetivo é eliminar barreiras — físicas, atitudinais e comunicacionais — que impedem o acesso e a permanência na escola. Segundo a UNESCO (2009) , a educação inclusiva envolve uma mudança de paradigma, onde o foco deixa de ser a...

O Valor Invisível

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Foto de Valeria Boltneva: https://www.pexels.com/pt-br /foto/maos-flores-crianca-filho-12982842/ Quando o presente é o gesto, não a coisa Por Flávia Santosa Há perguntas que não nascem para serem respondidas, mas para abrirem portas dentro da gente. Hoje, me encontrei pensando no que, de fato, uma mulher valoriza. Talvez não apenas a mulher, mas o ser humano. O que é, afinal, ser lembrada, ser valorizada, ser vista? É uma questão que atravessa o feminino, sim — mas que transborda para qualquer existência que deseja ser reconhecida no olhar do outro. Não vou ser hipócrita em negar: é verdade, a mulher gosta de presente. Mas não é sobre o objeto. Não é sobre o preço, nem sobre o embrulho bonito. O presente não é, em si, a coisa. É o gesto. Quando alguém nos presenteia, não importa o valor monetário, mas o tempo que aquela pessoa investiu em pensar em nós. A lembrança que se materializa, seja num objeto simples, num bilhete escrito à mão, numa flor colhida na rua, num olhar que pousa sobr...

5 dúvidas gramaticais que muita gente ainda tem — e como resolvê-las de vez!

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A língua portuguesa é, sem dúvidas, uma das mais ricas e complexas do mundo. Seu sistema gramatical possui inúmeras regras, muitas delas com exceções e particularidades que podem confundir até mesmo quem fala português como língua materna. Ao longo da minha trajetória como estudante de Letras, percebi que existem algumas dúvidas gramaticais que são praticamente universais: aparecem tanto na fala quanto na escrita, em mensagens informais ou em textos acadêmicos. Pensando nisso, resolvi reunir neste post cinco das dúvidas mais comuns , explicando de forma clara e objetiva como resolvê-las. Se você quer escrever com mais segurança, siga comigo até o final! 1. “Mau” ou “mal”? Essa é, sem dúvida, uma das confusões mais frequentes. Ambas as palavras existem na língua portuguesa, mas seus significados são bem diferentes. “Mau” é um adjetivo e significa o oposto de “bom”. Exemplo: Ele é um mau motorista. (= Ele não é um bom motorista.) “Mal” é um advérbio e significa o opost...