53 anos: a arte de se reinventar

 


Viver é uma obra inacabada. Aos 53 anos, percebo que cada escolha, cada pausa e cada renúncia foram tijolos colocados na construção de quem sou hoje.


Sou reservada, mas não ausente. Leonina de essência — vaidosa, leal, intensa — aprendi que luz atrai olhares, mas também sombras. Amiga, confidente e coerente, mas seletiva com quem permito entrar no meu círculo. Mãe, esposa, amante: múltiplas faces de uma mesma mulher.


Me reconheço nas contradições: ciumenta e possessiva, mas capaz de renunciar por amor aos meus pais, filhos e marido. Interrompi caminhos — Ciências Biológicas, Filosofia — para cumprir papéis que o tempo me entregou. Mas em cada desvio havia aprendizado, e em cada espera, sementes plantadas.


Sou eclética: nerd de filmes, séries, animes e quadrinhos. Estudante de Letras, estagiária na educação inclusiva, educadora por vocação, blogueira e escritora por paixão. Tenho um pensamento filosófico que me acompanha como bússola.


Hoje, mais do que nunca, busco minha realização pessoal. Não como um sonho distante, mas como um ato de coragem. Reinventar-se não é apagar o que fomos — é compreender que cada versão nossa merece existir e ser honrada.


Se o tempo me ensinou algo, é que a vida não espera. E eu também não.







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